Adorei seu texto e reflexões Gabi! Tenho pensado muito nisso, porque nas últimas viagens que fiz em algumas praias aqui da Itália, notei pouca gente fazendo registros. Quase ninguém mirando em direção a um selfie. Talvez a maioria dos que estavam próximos a mim eram italianos já acostumados com os locais daqui. Vi muita gente lendo livros físicos, preenchendo palavra-cruzada ou só deitada mesmo estirada ao sol. Senti até um certo constrangimento em pegar o celular para registrar os meus momentos ali. Não vejo as pessoas fazendo fotos dos pratos assim que chegam nas mesas. E tenho vontade de estar mais desconectada ultimamente, embora meu trabalho não permita (tanto assim).
Eu amo observar hábitos analógicos nas praias! Além dos que falaste, adoro os jogos de cartas. Acho ótimo sentir esse constrangimento, que também me aconteceu no último mês em uma parte menos conhecida da Sicilia. Que a gente se permita viver mais offline pelo menos nesses momentos, né? Obrigada pela leitura e pelo comentário 😘
Concordo muito com o que você escreveu. Fui a Machu Picchu há um mês e vi gente realmente arriscando a vida por um clique - fiquei em choque. No ano passado, no Rio de Janeiro, vi pessoas em filas para selfie por 40 minutos. É doido. E agora, na minha viagem pela América do Sul, fico constantemente em crise com a questão de não querer ser turista, mas saber que sou uma 😅🤪
Também me debato entre ser viajante e turista, mas acho que nos enxergarmos como turistas que somos abre caminho para termos uma postura mais consciente, sobretudo com tantos exemplos negativos, né? O mais curioso é que muitos lugares investem em estruturas instagramáveis e depois voltam atrás em algumas coisas por não conseguirem segurar o rojão de serem vítimas de alguma viralização nas redes sociais. Estou adorando acompanhar tua viagem pela América do Sul, bons ventos por aí ❤️
Tenho pensado nisso até em situações mais corriqueiras, como festivais e shows. As pessoas não aproveitam o que está acontecendo, preferindo registrar que estão lá. Bom pra gente pensar e conseguir aproveitar melhor os momentos tb.
Interessante seu texto e reflexão, levantou a bola de um problema levantado pelas facilidades tecnológicas. Já na faculdade de Turismo a gente estudava essa questão sobre a massificação do turismo e seus efeitos nos destinos e como as autoridades locais lidam com isso. As redes sociais tem essa influência negativa a partir do momento que um local se torna instagramável por causa de algum influencer da moda. Uma vez escrevi um trabalho sobre os impactos negativos da visitação da Pedra do Telégrafo, no Rio de Janeiro, a partir da divulgação da famosa foto como se tivesse pendurado no abismo. As filas que se formavam e os visitantes que esperavam horas só pra fazer a tal foto, fora a questão de segurança, pois se houvesse uma queda, o acesso para o resgate só é possível por via aérea. Partindo pro velho mundo, estive em Santorini quando estava embarcada trabalhando e fiquei chocada a quantidade de gente pra um lugar tão minúsculo. Pelo menos 4 navios com capacidade média pra 3mil pessoas cada um estavam lá naquele. Aí fica a questão, qual a experiência do visitante? Será que aproveitou mesmo, visto que a fila para o teleférico era enorme. O mundo mudou, as pessoas tem um poder aquisitivo melhor e hoje a maioria dos lugares são acessíveis. Os governos locais precisam mesmo tomar medidas nesse caso. Talvez o Japão esteja mesmo certo, por mais radical que a medida pareça. Fica aí a reflexão e o questionamento.
Emblemático esse caso da Pedra do Telégrafo, Juh, fiquei até curiosa para ler o seu trabalho. E Santorini, bom, o que dizer de um país com centenas de ilhas, mas para onde as pessoas vão sempre às mesmas? Os governos têm mesmo a responsabilidade de regular o turismo, porque esperar bom senso de quem viaja nessa lógica influencer é complicadíssimo. Obrigada por ler e comentar, viu?
Adorei o texto! Tive uma virada na chavinha no ano passado, quando visitei Roma e parecia um checklist. Vi, tirei foto, próximo. Até porque não dava pra aproveitar os espaços por estarem lotados de grupos de turistas! Era impossível sentar e apreciar. Depois, em Siena, foi muito mais interessante sem ter muitos pontos turísticos específicos pra visitar, a dinâmica da cidade em si era agradável, dava pra apreciar. Passei a viajar de uma outra forma, sem precisar completar o checklist de instagram. Agora, quando vejo conhecidos postando fotos iguais, nesses lugares que as pessoas "têm que ir", sinto pena pq sei que passaram perrengue só pra mostrar para os outros. Às vezes a nossa experiência pessoal numa ruela desconhecida foi muito mais marcante do que numa escadaria com uma estátua, e a foto dessa rua vai nos trazer muito mais lembranças do que a do ponto turístico.
Thais, me identifiquei tanto, mas tanto com teu comentário, sobretudo as últimas linhas. E também me fascina o tanto que é bom visitar uma cidade onde em tese há "pouca" coisa ou "nada" para fazer. Parece que a gente finalmente se liberta para encontrar o que nos move, né? Valeu demais por contribuir com a reflexão!
Ótimas reflexões, Gabi, adorei! Como fotógrafo, usei a câmera como mediadora da minha interação com o mundo tantas vezes, em tantas viagens. Uma desculpa pra chegar mais perto, pra puxar um papo. Mas também isola, faz enxergar mais, mas talvez escutar menos. Enfim. Mais recentemente escolhi viajar com câmeras analógicas, ou só com o celular mesmo — câmeras “despretensiosas”. É uma presença diferente. Diria até que melhor no caso de estar viajando acompanhado. Sobre postar, sou lento, ausente, inadequado para esses tempos de redes. Fico me perguntando por que fotografo, então. Volto pro início: é um jeito de mediar minha relação com o mundo. Hoje entendo melhor: só um dos jeitos :)
ps: aguardando a newsletter de relato e fotos!
ps2: tirando o atraso com as minhas newsletters, que vergonha!
Fiquei pensando muito no que escreveste, Gio. Acho que eu nunca tinha visto a fotografia como uma forma de mediar a relação de quem fotografa com o mundo, por mais óbvio que seja. Sim, é só uma das tantas formas possíveis, mas pelo menos é uma forma de relacionar-se com o mundo, não consigo mesmo, algo que este fotografar-se & postar-se pressupõe. Não sei, viajando aqui. Vontade de falar disso em volta da mesa de uma refeição demorada. Obrigada pela leitura, pelo comentário, pela presença! A news de relato e fotos vem aí em algum momento, não rolou em tempo real, quase nunca rola rs.
é triste ver o quanto as redes sociais estão pautando a vida em sociedade e, muitas vezes, sem que a gente se dê conta. muita gente tem perdido a capacidade de olhar ao redor e aproveitar os momentos e os encontros que - para mim - são as melhores partes da viagem. tudo para ter um monte de registros para postar nas redes sociais de situações que, no fundo, não foram vividas, porque a preocupação estava na luz, no enquadramento, em não ter ninguém "estragando" o cenário.
Tanta coisa pra comentar nesse texto, Gabi! desde um artigo que reuniu vários instagrams com fotos parecidas, uma pesquisa que por meio do instagram conseguiu mapear locais e os horários mais visitados até os guias para as fotos perfeitas!
Queria que a gente pudesse sentar pra tomar um café e conversar! Acho que escrevi sobre essa pesquisa, dps vou procurar :)
Aaah, como eu adoraria este café & conversa contigo, Helena! Fiquei curiosa com tudo que comentaste, sempre agregas muito 🥰
Que triste pensar que este olhar viciado para o Instagram está minando a criatividade na hora de fotografar e ao mesmo tempo deixando nossas viagens piores, não é?
E tem um texto que eu comentei em outra news chamado: “The Age of Average”, acho que você pode gostar também :) que fala sobre a homogeneização do mundo
Por favor, venha a Portugal! Obrigada pelas referências, querida. Vou ler com a atenção que merecem, porque certamente voltarei ao assunto aqui na newsletter.
curti demais a reflexão! eu estaria mentindo se dissesse que não fico com vontade de fazer a foto legal, mas me esforço pra fazer mais por mim, pras minhas memórias, do que pro feed, sabe? esquecer que o celular existe qd estamos turistando, vendo tudo novo, é uma das melhores coisas pra mim
Também tento seguir neste caminho, Francis! Adoro fotografar, se vou postar é outra história. E não sei como é para ti, mas fazer detox de tempos em tempos das redes sociais me ajuda a descontaminar o olhar, que acaba viciando de tantos modelos replicados à exaustão, né? Obrigada pela leitura e por contribuir com a discussão ❤️
A fotografia sempre teve importância central nas minhas viagens, mas sempre numa perspectiva reactiva. Nunca fui para nenhum lugar com uma determinada foto para fazer. Sempre tentei aproveitar o que o lugar, mas sobretudo o que as pessoas me quiserem dar. E para isso não é preciso muita preparação ou sacrifício, basta estar atento e aproveitar a jornada. Pessoas fazem parte da viagem e, portanto, da fotografia. Aproveitemos para compor imagens completas e vivas, não fotografias estáticas e estéreis. Viajemos, sim, para conhecer, não para postar...
Concordo do início ao fim, Pedro! Obrigada pelo teu comentário, que foi um incentivo para continuar pensando no assunto e voltar a escrever sobre fotografia de viagem ✨
Adorei seu texto e reflexões Gabi! Tenho pensado muito nisso, porque nas últimas viagens que fiz em algumas praias aqui da Itália, notei pouca gente fazendo registros. Quase ninguém mirando em direção a um selfie. Talvez a maioria dos que estavam próximos a mim eram italianos já acostumados com os locais daqui. Vi muita gente lendo livros físicos, preenchendo palavra-cruzada ou só deitada mesmo estirada ao sol. Senti até um certo constrangimento em pegar o celular para registrar os meus momentos ali. Não vejo as pessoas fazendo fotos dos pratos assim que chegam nas mesas. E tenho vontade de estar mais desconectada ultimamente, embora meu trabalho não permita (tanto assim).
Eu amo observar hábitos analógicos nas praias! Além dos que falaste, adoro os jogos de cartas. Acho ótimo sentir esse constrangimento, que também me aconteceu no último mês em uma parte menos conhecida da Sicilia. Que a gente se permita viver mais offline pelo menos nesses momentos, né? Obrigada pela leitura e pelo comentário 😘
Concordo muito com o que você escreveu. Fui a Machu Picchu há um mês e vi gente realmente arriscando a vida por um clique - fiquei em choque. No ano passado, no Rio de Janeiro, vi pessoas em filas para selfie por 40 minutos. É doido. E agora, na minha viagem pela América do Sul, fico constantemente em crise com a questão de não querer ser turista, mas saber que sou uma 😅🤪
Também me debato entre ser viajante e turista, mas acho que nos enxergarmos como turistas que somos abre caminho para termos uma postura mais consciente, sobretudo com tantos exemplos negativos, né? O mais curioso é que muitos lugares investem em estruturas instagramáveis e depois voltam atrás em algumas coisas por não conseguirem segurar o rojão de serem vítimas de alguma viralização nas redes sociais. Estou adorando acompanhar tua viagem pela América do Sul, bons ventos por aí ❤️
Tenho pensado nisso até em situações mais corriqueiras, como festivais e shows. As pessoas não aproveitam o que está acontecendo, preferindo registrar que estão lá. Bom pra gente pensar e conseguir aproveitar melhor os momentos tb.
Sem dúvida, Caio! É algo que está no dia a dia, mas que talvez se intensifique ao viajar. Obrigada pela leitura e comentário!
Interessante seu texto e reflexão, levantou a bola de um problema levantado pelas facilidades tecnológicas. Já na faculdade de Turismo a gente estudava essa questão sobre a massificação do turismo e seus efeitos nos destinos e como as autoridades locais lidam com isso. As redes sociais tem essa influência negativa a partir do momento que um local se torna instagramável por causa de algum influencer da moda. Uma vez escrevi um trabalho sobre os impactos negativos da visitação da Pedra do Telégrafo, no Rio de Janeiro, a partir da divulgação da famosa foto como se tivesse pendurado no abismo. As filas que se formavam e os visitantes que esperavam horas só pra fazer a tal foto, fora a questão de segurança, pois se houvesse uma queda, o acesso para o resgate só é possível por via aérea. Partindo pro velho mundo, estive em Santorini quando estava embarcada trabalhando e fiquei chocada a quantidade de gente pra um lugar tão minúsculo. Pelo menos 4 navios com capacidade média pra 3mil pessoas cada um estavam lá naquele. Aí fica a questão, qual a experiência do visitante? Será que aproveitou mesmo, visto que a fila para o teleférico era enorme. O mundo mudou, as pessoas tem um poder aquisitivo melhor e hoje a maioria dos lugares são acessíveis. Os governos locais precisam mesmo tomar medidas nesse caso. Talvez o Japão esteja mesmo certo, por mais radical que a medida pareça. Fica aí a reflexão e o questionamento.
Emblemático esse caso da Pedra do Telégrafo, Juh, fiquei até curiosa para ler o seu trabalho. E Santorini, bom, o que dizer de um país com centenas de ilhas, mas para onde as pessoas vão sempre às mesmas? Os governos têm mesmo a responsabilidade de regular o turismo, porque esperar bom senso de quem viaja nessa lógica influencer é complicadíssimo. Obrigada por ler e comentar, viu?
Com tanto movimento em prol de uma vida sustentável, as pessoas deveriam rever mesmo seus conceitos a partir das viagens tb.
Deixo aqui o link da revista em que o trabalho foi publicado. Um abraço
https://www.inea.rj.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Revista-Ineana-v.7-n.1_web.pdf
Adorei o texto! Tive uma virada na chavinha no ano passado, quando visitei Roma e parecia um checklist. Vi, tirei foto, próximo. Até porque não dava pra aproveitar os espaços por estarem lotados de grupos de turistas! Era impossível sentar e apreciar. Depois, em Siena, foi muito mais interessante sem ter muitos pontos turísticos específicos pra visitar, a dinâmica da cidade em si era agradável, dava pra apreciar. Passei a viajar de uma outra forma, sem precisar completar o checklist de instagram. Agora, quando vejo conhecidos postando fotos iguais, nesses lugares que as pessoas "têm que ir", sinto pena pq sei que passaram perrengue só pra mostrar para os outros. Às vezes a nossa experiência pessoal numa ruela desconhecida foi muito mais marcante do que numa escadaria com uma estátua, e a foto dessa rua vai nos trazer muito mais lembranças do que a do ponto turístico.
Thais, me identifiquei tanto, mas tanto com teu comentário, sobretudo as últimas linhas. E também me fascina o tanto que é bom visitar uma cidade onde em tese há "pouca" coisa ou "nada" para fazer. Parece que a gente finalmente se liberta para encontrar o que nos move, né? Valeu demais por contribuir com a reflexão!
Ótimas reflexões, Gabi, adorei! Como fotógrafo, usei a câmera como mediadora da minha interação com o mundo tantas vezes, em tantas viagens. Uma desculpa pra chegar mais perto, pra puxar um papo. Mas também isola, faz enxergar mais, mas talvez escutar menos. Enfim. Mais recentemente escolhi viajar com câmeras analógicas, ou só com o celular mesmo — câmeras “despretensiosas”. É uma presença diferente. Diria até que melhor no caso de estar viajando acompanhado. Sobre postar, sou lento, ausente, inadequado para esses tempos de redes. Fico me perguntando por que fotografo, então. Volto pro início: é um jeito de mediar minha relação com o mundo. Hoje entendo melhor: só um dos jeitos :)
ps: aguardando a newsletter de relato e fotos!
ps2: tirando o atraso com as minhas newsletters, que vergonha!
Fiquei pensando muito no que escreveste, Gio. Acho que eu nunca tinha visto a fotografia como uma forma de mediar a relação de quem fotografa com o mundo, por mais óbvio que seja. Sim, é só uma das tantas formas possíveis, mas pelo menos é uma forma de relacionar-se com o mundo, não consigo mesmo, algo que este fotografar-se & postar-se pressupõe. Não sei, viajando aqui. Vontade de falar disso em volta da mesa de uma refeição demorada. Obrigada pela leitura, pelo comentário, pela presença! A news de relato e fotos vem aí em algum momento, não rolou em tempo real, quase nunca rola rs.
é triste ver o quanto as redes sociais estão pautando a vida em sociedade e, muitas vezes, sem que a gente se dê conta. muita gente tem perdido a capacidade de olhar ao redor e aproveitar os momentos e os encontros que - para mim - são as melhores partes da viagem. tudo para ter um monte de registros para postar nas redes sociais de situações que, no fundo, não foram vividas, porque a preocupação estava na luz, no enquadramento, em não ter ninguém "estragando" o cenário.
É isso, Pedro, uma vida mediada (e bastante reduzida) pelas redes sociais. Obrigada por comentar!
Tanta coisa pra comentar nesse texto, Gabi! desde um artigo que reuniu vários instagrams com fotos parecidas, uma pesquisa que por meio do instagram conseguiu mapear locais e os horários mais visitados até os guias para as fotos perfeitas!
Queria que a gente pudesse sentar pra tomar um café e conversar! Acho que escrevi sobre essa pesquisa, dps vou procurar :)
Aaah, como eu adoraria este café & conversa contigo, Helena! Fiquei curiosa com tudo que comentaste, sempre agregas muito 🥰
Que triste pensar que este olhar viciado para o Instagram está minando a criatividade na hora de fotografar e ao mesmo tempo deixando nossas viagens piores, não é?
Se qualquer dia eu passar por Portugal, vamos combinar esse café? Vai ser maravilhoso!
Muito triste! Eu fico perplexa como as pessoas reduzem suas experiências a fotos iguais.
Achei o texto que eu escrevi que tem links que você poderia gostar de ler! https://helenavilela.substack.com/p/o-olhar-viajante?utm_source=publication-search
E tem um texto que eu comentei em outra news chamado: “The Age of Average”, acho que você pode gostar também :) que fala sobre a homogeneização do mundo
Por favor, venha a Portugal! Obrigada pelas referências, querida. Vou ler com a atenção que merecem, porque certamente voltarei ao assunto aqui na newsletter.
curti demais a reflexão! eu estaria mentindo se dissesse que não fico com vontade de fazer a foto legal, mas me esforço pra fazer mais por mim, pras minhas memórias, do que pro feed, sabe? esquecer que o celular existe qd estamos turistando, vendo tudo novo, é uma das melhores coisas pra mim
Também tento seguir neste caminho, Francis! Adoro fotografar, se vou postar é outra história. E não sei como é para ti, mas fazer detox de tempos em tempos das redes sociais me ajuda a descontaminar o olhar, que acaba viciando de tantos modelos replicados à exaustão, né? Obrigada pela leitura e por contribuir com a discussão ❤️
A fotografia sempre teve importância central nas minhas viagens, mas sempre numa perspectiva reactiva. Nunca fui para nenhum lugar com uma determinada foto para fazer. Sempre tentei aproveitar o que o lugar, mas sobretudo o que as pessoas me quiserem dar. E para isso não é preciso muita preparação ou sacrifício, basta estar atento e aproveitar a jornada. Pessoas fazem parte da viagem e, portanto, da fotografia. Aproveitemos para compor imagens completas e vivas, não fotografias estáticas e estéreis. Viajemos, sim, para conhecer, não para postar...
Concordo do início ao fim, Pedro! Obrigada pelo teu comentário, que foi um incentivo para continuar pensando no assunto e voltar a escrever sobre fotografia de viagem ✨