De viagem até Lindar, que será a minha casa por esta semana, tento por em dia as minhas leituras de Substack. Chegando ao "Bom Proveito" não resisto, mais uma vez, a responder-lhe.
I
Ultimado a minha mochila de viagem, ao escolher o livro que me havia de acompanhar nesta jornada, peguei no "Regressos", de Manuel Teixeira Gomes, sobre saudades e exílio. O meu olhar cruzou-se, no entanto, com "The High Mountains of Portugal", oferecido por uma amiga muito querida - a mais querida de todas as minhas amigas - que hoje faz anos. Não resisti a tão poética coincidência e o "Regressos" voltou ao monte dos livros a ler por mais algumas semanas. E, foi ao pegar no livro de Yann Martel, que caiu do seu interior uma foto de um dia muito feliz, o do casamento de S. a minha amiga, com M. Bastou essa fotografia pra que uma sucessão de imagens luminosas me tomassem de assalto, começando pelo dia em que a conheci, em meados dos anos 80, até aquela manhã em que, na sua cozinha em Edimburgo, me ensinou a fazer porridge enquanto o sol frio de Janeiro nos emprestava, aos dois, um brilho feliz.
Sim, é esse o poder de uma fotografia, o de evocar quase uma vida inteira em poucos
minutos. E de nos colocar um largo sorriso no rosto…
II
Registei a Maison de la Photographie de Marrakeche para visitar no fim do ano, e constateii o meu falhanço por não ter visitado o Fotografiska de Estocolmo, de onde regressei há uma semana.
Sugiro o espaço "Narrativa” em Lisboa, que tenciono visitar em breve…
Não canso de maravilhar-me com teus comentários, que sempre me fazem enxergar mais e melhor. Fiquei com o porridge sob o sol de inverno na cabeça. E, claro, anotei a dica da Narrativa, que já estou procurando por aqui. Super obrigada, Pedro!
além de viajar, sinto que o olhar precisa também descansar, sobretudo em tempos de redes sociais, em que tudo nos passa diante dos olhos de maneira apressada e num turbilhão. ver em excesso prejudica a contemplação, o olhar mais detido, a percepção dos detalhes.
De viagem até Lindar, que será a minha casa por esta semana, tento por em dia as minhas leituras de Substack. Chegando ao "Bom Proveito" não resisto, mais uma vez, a responder-lhe.
I
Ultimado a minha mochila de viagem, ao escolher o livro que me havia de acompanhar nesta jornada, peguei no "Regressos", de Manuel Teixeira Gomes, sobre saudades e exílio. O meu olhar cruzou-se, no entanto, com "The High Mountains of Portugal", oferecido por uma amiga muito querida - a mais querida de todas as minhas amigas - que hoje faz anos. Não resisti a tão poética coincidência e o "Regressos" voltou ao monte dos livros a ler por mais algumas semanas. E, foi ao pegar no livro de Yann Martel, que caiu do seu interior uma foto de um dia muito feliz, o do casamento de S. a minha amiga, com M. Bastou essa fotografia pra que uma sucessão de imagens luminosas me tomassem de assalto, começando pelo dia em que a conheci, em meados dos anos 80, até aquela manhã em que, na sua cozinha em Edimburgo, me ensinou a fazer porridge enquanto o sol frio de Janeiro nos emprestava, aos dois, um brilho feliz.
Sim, é esse o poder de uma fotografia, o de evocar quase uma vida inteira em poucos
minutos. E de nos colocar um largo sorriso no rosto…
II
Registei a Maison de la Photographie de Marrakeche para visitar no fim do ano, e constateii o meu falhanço por não ter visitado o Fotografiska de Estocolmo, de onde regressei há uma semana.
Sugiro o espaço "Narrativa” em Lisboa, que tenciono visitar em breve…
Não canso de maravilhar-me com teus comentários, que sempre me fazem enxergar mais e melhor. Fiquei com o porridge sob o sol de inverno na cabeça. E, claro, anotei a dica da Narrativa, que já estou procurando por aqui. Super obrigada, Pedro!
além de viajar, sinto que o olhar precisa também descansar, sobretudo em tempos de redes sociais, em que tudo nos passa diante dos olhos de maneira apressada e num turbilhão. ver em excesso prejudica a contemplação, o olhar mais detido, a percepção dos detalhes.
Sem dúvida nenhuma! Para enxergar, que é diferente de ver, precisamos de um cérebro descansado, e isso por si só é um privilégio.
Adorei o texto, Gabi! E também curto muito as lembranças fotográficas que vem da nuvem. Sempre passa um filme na cabeça.
Elas dão a perspectiva que falta no dia a dia, não é? Obrigada por ler e comentar, Rai!