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A história da motorhome quebrada, no primeiro dia de viagem, me lembrou um percalço ocorrido comigo, em terra longínqua de Angola. Trabalhei e vivi em Angola por dois anos enquanto minha família ficou em Portugal. Para as férias de 2015, optámos por uma road trip por Angola, de Luanda ao deserto do Namibe, até onde fosse possível. Logo no primeiro dia de viagem, ao fim da tarde e pouco depois de passar pelo rio Kicombo, passei por um buraco na estrada, danificando duas das jantes do Duster em que seguíamos. Com o por-do-sol a aproximar-se perigosamente, tive tempo para, com a ajuda do carro do meu companheiro de viagem, uma outra familia de Portugueses, procurar alguma alma caridosa queme ajudasse. Encontrei um providencial Angolano que, vivia numa barraca à beira da estrada e que, com grande mestria, conseguiu desamolgar as duas jantes em m3ia hora, apenas com um martelo e uma chave de fendas. Seguimos viagem, pernoitando já noite dentro no Lobito. Nos dias seguintes chegámos a Porto Alexandre ou Tômbwa, o ponto mais a sul que conseguimos, já em pleno Deserto do Namibe, ao Lubango regressando a Luanda, uma semana depois, sãos e salvos. Uma aventura que guardamos na nossa memória como uma das mais belas viagens qhe fizémos, os quatro...

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Em 2018 parti rumo ao Alaska, saindo de Florianópolis, de carro (uma Kombi, na verdade). Fiz o plano de completar o trajeto em 1 ano, plano que se revelou um anti-plano ao descobrir que viagens, no fim, não tem meta, que a viagem já começa antes de partir e nunca termina. Entre imprevistos, o maior deles, a pandemia, ao destino físico nunca cheguei. Mas ele vive em mim apenas por eu ter pensado em partir e, principalmente, por ter partido e ter vivido 2 anos de outras aventuras a bordo da Kombi que eu não poderia ter imaginado antes. Com certeza, essa viagem fez parte de quem sou. Adorei o post e estou curioso sobre a referência que você escolheu no início com a pintura da Clarice.

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uma edição curta, mas mt bonita e reflexiva! vou ficar aqui pensando sobre essas viagens-que-ainda-não-fiz e o que elas significam :))

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adorei isso de pensar também nas viagens que não fazemos! lembrei de uma meio triste (o final de semana alongado no rj que cancelei quando tive que ir às pressas para São Luís ver minha vó) e uma mais feliz no modo deixa a vida me levar, estava saindo do Chile e a ideia era chegar até o Peru mas foi tão bom estender a visita pela Bolívia que não deu tempo de chegar nem na fronteira com o Peru, até hoje não fui lá, mas sem arrependimentos!

e não tinha como ver todos esses pontos de ônibus belíssimos sem lembrar daqueles horrorosos nos arredores da ufsc... sem contar que mudaram as cores dos ônibus e todos eles parecem um modelo de power point branco e azul... terrível kk

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